Debate sobre Inteligência Artificial versus Inteligência Emocional

Participei ontem, na Ordem dos Médicos, num entusiasmante debate sobre Inteligência Artificial versus Inteligência Emocional. Previa-se um ambiente intimista, mas acabaram por estar presentes mais de 80 pessoas, o que revela o mérito do tema.

A sessão foi marcada por um diálogo vibrante, repleto de nuances e de contrapontos entre Inteligência Artificial e Inteligência Emocional, que semeou mais perguntas que respostas – sendo certo que é no solo fértil da dúvida, regado pelo estudo, que o conhecimento pode florescer.

Entre outras coisas, o debate invocou a emoção como elemento central da nossa humanidade, lembrou a obra do neurologista António Damásio que desafiou a visão dualista entre razão e emoção, destacando a relevância da emoção no processo decisório e na configuração da personalidade individual (A. Damásio, O Erro de Descartes, 1994) e permitiu-nos concluir que embora a inteligência artificial generativa supere múltiplos aspectos cognitivos humanos a emoção continua a distinguir-nos das máquinas, permanecendo como coração pulsante das nossas interacções.

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