O Culto da Mentira

Partilho mais um artigo escrito em co-autoria com o Filipe Froes, hoje publicado na página 13 do Diário de Notícias, que inclui breves reflexões sobre «O Culto da Mentira».

Mentir, enganar, iludir, trapacear, fingir, ludibriar, falsear, engodar e aldrabar, têm estado sempre presentes ao longo da história da humanidade. Hoje, contudo, emergem de forma viral, dentro e fora da Internet.

Foi essa constatação que, gerando um sentimento de perplexidade, abalo e alarme, levou à redacção deste artigo.

Nele referimos os pioneiros da mentira, recorremos ao conceito de «mentira» fornecido por Jung (distinguindo a mentira consciente da mentira patológica), acentuamos a inadmissibildade da mentira (recorrendo a Aristóteles, Hume e Descartes), damos exemplos das nefastas repercussões que a mentira pode acarretar (Enron, Iraque e COVID-19), perguntamos porque mente o ser humano (tentando dar resposta), notamos as consequências para quem mente (jurídicas, reputacionais e/ou, sociais) e para as vítimas da mentira (reputacionais, emocionaIs e/ou financeiras) e avançamos estratégias para diminuir a incidência da mentira.

É que «a mentira é como uma bola de neve; quanto mais rola, tanto mais aumenta» (Martinho Lutero) e pode ter consequências fatais.