Qual o valor de um grau universitário no século XXI?

Qual o valor de um grau universitário no século XXI? A minha coluna de Setembro no Dinheiro Vivo.

O meu filho retornará em breve ao Reino Unido para dar continuidade aos seus estudos em Engenharia Aeroespacial. Este ano académico será particularmente complexo para ele, uma vez que optou por uma pesada disciplina de Mestrado e pela partcipação em sede de investigação num projecto inovador sob os auspícios de certa Agência Espacial.

Os seus amigos e colegas, que, tal como ele, integram a chamada «Geração Z», percorrem caminhos análogos, impelidos por um misto de aspiração e dedicação. Imersos, por ora, nesse contexto de formação académica, entrarão em breve no mercado de trabalho, o que nos conduz à questão que norteia o presente artigo.

Lembremos que no século XX a conquista de um grau universitário dava lugar a um percurso profissional relativamente previsível e linear, essencialmente centrado na acumulação de conhecimentos específicos no âmbito de certo ramo do saber. A posse de um canudo representava um indiscutível selo de excelência intelectual, de erudição e de competência em determinada área do conhecimento, proporcionando uma vantagem competitiva de foro substancial no mercado laboral e tendendo os graduados a prosseguir carreiras convencionais, em conformidade com as matrizes de então.

Hoje esse trajecto traduz-se em odisseia complexa e multifacetada, jornada imprevisível, repleta de desafios e de oportunidades, epopeia de adaptação e de metamorfose. É que despontou, entretanto, o terceiro milénio, acompanhado por uma avalanche de inovações tecnológicas e vertiginosa globalização, gerando um panorama profissional fundado em paradigmas distintos assentes num enquadramento de permanente mutação.

Qual o valor, então, de um grau universitário no século XXI? Resposta na minha coluna de Setembro no Dinheiro Vivo.