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Até que a pandemia nos separe: morrer por COVID-19

Patricia Akester • jul. 04, 2021
Partilho artigo hoje publicado no DN, página 14, em co-autoria com o Filipe Froes intitulado «Até que a pandemia nos separe: morrer por COVID-19».

«Como vimos acima, o número de óbitos por COVID-19 é tristemente mais elevado que o cálculo que nos é revelado diariamente, sob a forma de registo que o tempo tornou rotineiro, trilhado e banal. Por conseguinte, não obstante esta devastadora consequência do nefasto vírus, assistimos a uma perversa desvalorização e banalização da morte – nos moldes apontados por Stalin. Nunca esqueçamos, todavia, que por detrás dos números estão seres humanos, com sentimentos, emoções, sonhos, ambições, amigos e família e que certamente não esperavam nem desejavam morrer, muito menos de uma doença que emergiu de forma inesperada e cataclísmica. E terminamos com um sincero voto, na esteira de Sigmund Freud, que dizia que se “o objectivo de toda a vida é a morte” esperamos que esta ocorra no seu tempo devido e não seja nem antecipada nem alvo de banalização. Excepto uma que queremos presenciar com a maior brevidade: o fim da pandemia e a morte desta estranha forma de morrer.»

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